voce olha em volta e de repente percebe que aquele quarto ficou grande, com proporções enormes, e voce se sente pequeno, minusculo. pensamentos bons fogem de você, nao querem você e voce, não os quer. nao adianta tentar, nao tente pensar em campos floridos porque em segundos eles se tornaram florestas fechadas, negras, cheias de medos e dores. voce aperta o olho fundo pra ver se extrai uma lagrima que seja, mas nada vem, nao vem. e de novo aperta aquele travesseiro, de repente uma esperança brilha no fundo do olho de um urso, é seu ursinho de pelucia vindo da infancia, mas voce olha no olho dele, e percebe algo pertubador: ele parece nao gostar mais de voce, e os olhos pedantes parecem implorar para que voce volte a ser o que era. bem e voce sente uma pontada acompanhada de dor fisica, tudo parece crescer e um tornado passa por dentro de voce e o choro chega enfim, abundante, brota dos seus olhos como chuvas turvas de verao, e um turbilhao de agua te invade. afoga-te. chore, chore com coragem, chore alto, chore forte para o mundo. ou, chore baixinho, chore como só uma criança sabe. é como voce se sente. indefesa, sozinha. é o seu momento brilhante. voce conseguiu! ainda ha o choro em voce. orgulhe-se, voce ainda nao perdeu tudo. voce ainda pode sentir, e esse sentimento tem coragem de transbordar de vez em quando, de se jogar sem medo, lavando sua alma, purificando novamente você e te ajudando a crescer melhor
e que maravilha ha nisso. não?
Nessa noite não tenha medo de dormir com as luzes acesas traga de volta pro seu cantinho o seu ursinho pimpão que há anos espera por isto. ele andava trsite nessa estante. voce adormece, sua mãe zelosa percebe tudo sutilmente, levanta pra te cobrir e te beija o rosto te trasmitindo toda a paz que ha nas mães.
Durma tranquilo, coração. Um beijo de boa noite. . .